A campanha de vacinação contra a Covid-19 está estagnada. Apesar dos bons números (77,1% dos brasileiros receberam as duas doses até o momento), o ideal seria ter uma cobertura vacinal de 90% ou mais da população totalmente imunizada.
Por conta disso, em reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) nesta sexta-feira (27/5), o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Nésio Fernandes, defendeu uma campanha de vacinação intensiva para preencher lacunas e reforçar a proteção contra possíveis novos surtos.
“Precisamos entender que o cenário do segundo semestre pode ser de risco se nós não assumirmos uma grande campanha nacional de vacinação para alcançar a meta de 90% de cobertura vacinal em 90 dias”, afirmou.
Fernandes também ressaltou a capacidade da estrutura brasileira para intensificar a vacinação, com imunizantes e salas de aplicação. O assessor técnico do Conass, Nereu Henrique Mansano, ressaltou o risco de um novo aumento de casos nas próximas semanas e consequente aumento de internações e óbitos.
Em boletim divulgado nessa quinta-feira (26/5), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alertou que a incidência da enfermidade está em alta em todo o país.
Segundo o Boletim InfoGripe, 48% das ocorrências de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) registradas nas últimas quatro semanas são em função da Covid-19. Em relação aos óbitos por SRAG, 84% das notificações foram relacionadas ao coronavírus.
A análise aponta que 18 das 27 unidades da Federação apresentam sinal de crescimento nas últimas seis semanas.
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