InícioEditorial‘Estamos atentos’, diz secretário de educação sobre varíola nas escolas

‘Estamos atentos’, diz secretário de educação sobre varíola nas escolas

A confirmação de um caso de monkeypox (varíola dos macacos) em uma criança de 2 anos, em Salvador, deixou alguns pais preocupados. Mas o secretário municipal de Educação, Marcelo Oliveira, fez coro com o titular da Saúde, Décio Martins, e afirmou que não há motivo para pânico. Ele comentou sobre o assunto durante a inauguração de uma escola, no bairro do Imbuí, nesta segunda-feira (8).

“Ainda não temos uma sinalização de que essa seja uma patologia de que a gente deva se preocupar agora [no ambiente escolar]. Estamos todos muitos atentos, e de certa forma apreensivos, mas administrando as informações que nos chegam. De qualquer sorte, nas escolas o público é controlado. Desde a época da pandemia, quando eu defendi a tese de que deveríamos voltar às aulas antecipadamente, a gente já mostrava que o ambiente das escolas é um ambiente controlado do ponto de vista do contágio de doenças”, afirmou.

Na semana passada, a prefeitura divulgou um protocolo específico para pacientes com suspeita ou confirmação de monkeypox. As orientações para prevenção da doença seguem as recomendações do Ministério da Saúde, como o uso de máscara, higienização das mãos e, no caso dos adultos, redução da quantidade de parceiros sexuais, porque a doença é transmitida através de gotículas respiratórias e do contato com as lesões na pele.

São 13 casos confirmados da doença em Salvador, e 19 em toda a Bahia. Na capital, uma das vítimas é uma criança de 2 anos. O secretário municipal da Saúde (SMS), Décio Martins, afirmou que os pacientes apresentam quadros leves e que a criança está estável e sem complicações. A prefeitura informou também que cada caso é monitorado de forma permanente. 

Cenário
A infectologista pediátrica e integrante da Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape), Anne Galastri, reforçou que não há motivo para pânico. Ela explicou que a população mais acometida pelo surto de varíola no mundo tem sido adultos jovens e de meia idade, e frisou que a contaminação acontece por vias respiratórias e através de contato, e que para evitar que o vírus se dissemine também nas escolas é preciso adotar alguns cuidados.

“Qualquer criança doente não deve frequentar nenhum ambiente, e principalmente o ambiente escolar. Ela não deve ir ao parquinho, ao shopping, ela deve ficar afastada. Se ela for contactante de alguém que está com monkeypox, ela também deve ser afastada das atividades de acordo com a avaliação de quem está cuidando do caso índice suspeito ou confirmado de monkeypox”, explicou.

Ela destacou que as escolas oferecem ambientes mais ventilados e higienização frequente das mãos, e afirmou que por enquanto o mais importante é fazer o diagnóstico dos pacientes infectados para controlar a disseminação da doença.

“Nesse momento o que precisamos é manter os cuidados básicos que a gente já cansou de aprender há mais de dois anos, quase três anos, questão de respeito, de viver em sociedade, de quem está doente não ter contato com outras pessoas. E focar nos casos que ainda estão em números relativamente passíveis de controle e, se houver aumento no número de casos, novas políticas devem ser avaliadas, não só no ambiente escolar, mas em todos os outros ambientes”, afirmou.

Protocolo
Nesta segunda (8), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) passou a disponibilizar 44 unidades para atender os pacientes com suspeita de monkeypox. A recomendação é procurar ajuda assim que as lesões na pele começarem a aparecer.

Na semana passada, durante a divulgação do protocolo, a infectologista da SMS Adielma Nizarala contou que a doença tem um período de incubação, ou seja, em que mesmo infectado o paciente não consegue transmitir o vírus, que é o período assintomático. Depois que os sintomas surgem, a contaminação já é possível e permanecerá ativa até que a pele seja cicatrizada.

“A doença tem duas fases. Na fase inicial o paciente vai sentir dor de cabeça, dor muscular, dor de garganta, febre, sintomas bem comuns às viroses, e dura em torno de cinco dias. A partir disso, as lesões começam a aparecer, únicas ou múltiplas, e em locais variados. Podem se apresentar inicialmente como um ponto de vermelhidão que depois evolui para uma placa e solta as bolhas”, explicou.

Nos casos leves, será usada medicação para tratar os sintomas, e nos casos graves, medicação específica. A Organização Mundial da Saúde ainda não definiu uma necessidade de vacinação em massa, mas alguns países estão utilizando em grupos específicos. O Ministério da Saúde está em tratativas para a compra dos imunizantes.

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